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Revolução Industrial

O processo , o contexto, a história!

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REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

                      Por muito tempo, as grandes mudanças tecnológicas que ocorreram no sistema produtivo europeu no final do século XVIII foram atribuídas ou à aplicação dos avanços científicos em novas invenções ou a fatores naturais, como a disponibilidade de matérias primas para a indústria.

                        Nessas interpretações, a tecnologia aparece como motivo central de todas as mudanças, como uma força autônoma que vai, por sua conta, transformando o mundo da produção. A crítica que se faz a essa postura baseia-se no fato de que a tecnologia não pode explicar todas as transformações envolvidas, pois sua aplicação ao sistema produtivo ocorreu em ritmo diferente em várias partes do mundo.

                        Se a tecnologia fosse um fator determinante, a mudança teria mais ou menos a mesma intensidade em todos os lugares, e não foi o que aconteceu. A industrialização inglesa, por exemplo, foi muito mais acelerada que a francesa, mas foi mais lenta que a norte-americana, ocorrida posteriormente.

                        A explicação está não só nas novas técnicas, mas também nas formas de adaptação cultural das sociedades, dos patrões e dos operários a essas técnicas. O sistema de fábrica não foi introduzido apenas por razões de eficiência, mas por ser adequado à necessidade dos capitais de controlar a mão de obra, questões de hierarquia e poder social que estimularam as mudanças tecnológicas e organizacionais da produção, levando ao chamado sistema de fábrica.

                        A organização de fábricas, com máquinas e homens para operá-las, dividiu e simplificou as tarefas. Nesse cenário, não mais cabia o antigo oficial (artesão), um exímio conhecedor de todo o processo de obtenção daquilo que fabricava. Ele foi parcialmente substituído por máquinas que executavam serviços antes feito manualmente e empunham um ritmo mais veloz a produção.

                        Os operários que trabalhavam nas fábricas não precisavam conhecer todo o processo produtivo, constituído assim mão de obra mais barata que os operários especializados.

                        A Revolução Industrial é um tema especialmente significativo para nós, que vivemos num mundo convulsionado por rápidas e profundas mudanças tecnológicas provocadas pela informática, pela robótica, pelas telecomunicações e pela biotecnologia. Da mesma forma, vivemos os desdobramentos socioambientais impulsionados pela Revolução Industrial, especialmente quanto aos crescentes padrões de produção, consumo e urbanização, bem quanto aos problemas ambientais globais surgidos em virtudes das poluições.

                        A Revolução Industrial é um tema importante não para buscar lições no passado, mas adquirir elementos que enriqueçam as reflexões sobre nossos tempos.

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Processos Revolucionários


Pioneirismo Inglês

                        O século XVIII assistiu a muitas mudanças na economia, na política e no cotidiano. A Inglaterra, um pouco antes passara por um ciclo revolucionário que abriu caminho para o desenvolvimento econômico e tecnológico que caracterizou a Revolução Industrial.

                        O processo de desenvolvimento capitalista, intensificado pela dinamização comercial dos séculos XVI e XVII, estava ligado de modo intenso à circulação de mercadorias. A partir da segunda metade do século XVIII, entretanto, a produção, em larga escala, via mecanização industrial, iniciada na Inglaterra, passou a ser o principal motor desse processo.

                        As primeiras máquinas que surgiram voltavam-se, principalmente, para atender as necessidades do mercado têxtil da Inglaterra. Sendo assim, grande parte das primeiras máquinas criadas veio com o objetivo de facilitar o processo de produção de roupas. Essas máquinas teciam fios em uma velocidade muito maior que a do processo manual, e podemos destacar algumas delas, como a spinning frame e a water frame.

Com o tempo e à medida que os grandes capitalistas foram enriquecendo, o lucro de suas indústrias começou a ser revertido em investimento para o desenvolvimento das estradas de ferro, por exemplo. O surgimento da locomotiva e da estrada de ferro permitiu que as mercadorias pudessem ser transportadas com maior rapidez e em maior quantidade. Isso aconteceu porque o lucro da indústria inglesa era tão alto que permitiu a diversificação dos investimentos em outros segmentos.

O pioneirismo da Inglaterra no processo conhecido como Revolução Industrial deu-se a partir de uma junção de fatores, iniciados principalmente com as grandes transformações políticas sofridas por esse país ao longo do século XVII. Essas transformações permitiram o surgimento das condições ideais para o nascimento da indústria moderna.

No século XVII, a Inglaterra passou por uma série de acontecimentos políticos que levaram à ascensão da burguesia como classe dominante. Na Revolução Gloriosa de 1688, houve a deposição de James II, da dinastia Stuart, e a coroação de Guilherme de Orange e Maria II da Escócia como reis da Inglaterra.

A Revolução Gloriosa foi o grande passo que marcou o fim do poder absolutista na Inglaterra e deu início ao período da monarquia constitucional caracterizada pela limitação do poder real. Esse acontecimento é considerado pelos historiadores como uma revolução burguesa e determinou, obviamente, a ascensão da burguesia como classe social e política. Com isso, os burgueses puderam tomar uma série de medidas que beneficiavam os seus negócios.

                  

                  Além disso, entre as mudanças ocorridas durante o século XVII, no período da República Puritana, a Inglaterra decretou, por ação direta de Oliver Cromwell, os Atos de Navegação de 1651. Essa lei, válida para a Inglaterra e suas colônias, determinava que todas as mercadorias de importação e exportação deveriam ser transportadas por embarcações inglesas.


Essa medida tinha como objetivo enfraquecer a concorrência da Inglaterra, que, por causa de todas as turbulências políticas pelas quais passava, estava em desvantagem em comparação com outras nações europeias, sobretudo a Holanda. Essa ação permitiu a Inglaterra controlar as rotas comerciais e marítimas do mundo e possibilitou o enriquecimento da burguesia, que pôde então acumular capital.


Essa acumulação de capital foi extremamente importante, pois foi a partir dela que a burguesia pôde investir em pesquisas para desenvolver a criação das máquinas e, assim, aperfeiçoar o processo de produção e financiar a construção das indústrias têxteis.

Outra medida desse período que contribuiu diretamente para que as condições ideais de industrialização surgissem foram as Leis dos Cercamentos (Enclosure Acts).                   Essas leis resultaram na transformação das terras comuns, ocupadas pelos camponeses em condições de trabalho existentes desde o período da Idade Média, em pastos para ovelhas, o que marcou o fim das relações de trabalho feudo-vassálicas na Inglaterra.

              

                     As Leis dos Cercamentos fizeram com que uma grande massa de camponeses fosse expulsa de suas terras ou recebesse um valor irrisório por essas terras. Essa vasta quantidade de camponeses, sem meios de sobrevivência, foi obrigada a ir para as cidades. Portanto, como consequência desses cercamentos, houve grande disponibilidade de mão de obra urbana, o que foi essencial para o desenvolvimento das indústrias.

                     Também como resultado disso, um grande número de camponeses desabrigados foi levado à mendicância e sofria intensa repressão do governo inglês com as leis contra a vadiagem, as quais, nesse período, estipulavam castigos físicos e até mesmo a morte caso uma pessoa fosse reincidente em “vadiagem”.

                     Outro impacto das Leis dos Cercamentos foi o destino dos pastos para a criação de ovelhas, o que, naturalmente, visava à produção de lã, a matéria-prima da grande atividade econômica do período: a indústria têxtil. Além disso, havia na Inglaterra grandes reservas de carvão e ferro, que eram a base da indústria da época, por essa razão, sua grande disponibilidade foi essencial para o desenvolvimento industrial da Inglaterra do século XVIII.

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QUAL O SIGNIFICADO DESSAS IMAGENS DE ACORDO COM A SUA INTERPRETAÇÃO?

  • Capitalismo


Podemos definir capitalismo como um sistema da economia, cujo o qual os meios de produção, em especial, a demanda, a distribuição, os investimentos, as decisões de oferta e o preço são de propriedade privada com fins totalmente lucrativos e por isso, não são feitos pelo governo.

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   Com a invenção de novas máquinas, que eram inacessíveis aos camponeses e pequenos artesãos a produção familiar foi, aos poucos sendo superada. As fábricas de fiação se multiplicavam, mantendo um ritmo ininterrupto. No trabalho familiar, eram as mulheres e as crianças os principais trabalhadores domésticos da fiação. Os negociantes mantiveram o emprego dessa força de trabalho em suas fábricas, cuja disciplina, como esperado, era muito mais rigorosa do que a existente no sistema de fiação doméstico.                

 Nos séculos XVIII e XIX, as formas de trabalho se transformaram radicalmente. Milhares de trabalhadores, principalmente mulheres e crianças concentravam-se em fábricas sob um regime de serviço intenso e rigoroso. Sem uma regulamentação específica, calcula-se que a jornada diária de trabalho era superior a 12 horas. Somente em 1847 apareceram regulamentações que limitavam a jornada a 10 horas. Em 1850, outra lei estipulou um horário para encerrar a atividade semanal: duas horas da tarde de sábado, com descanso no domingo- dia tradicionalmente reservado à religião.

A introdução das máquinas no processo produtivo aumentou o montante dos investimentos no setor têxtil, restringindo o número de empresários com dinheiro para montar fábricas.

A propriedade das máquinas concentrou-se na pessoa do industrial/ capitalista, que contratava os operários pagando salários pela jornada de trabalho.
Nas fábricas, os operários atuavam somente em uma etapa da produção- uma mudança radical na forma de realizar seu trabalho. Em outras palavras, o processo produtivo nas fábricas tendia a se fragmentar: estava em curso uma nova divisão do trabalho.
                  O sistema da fábrica impulsionou outras mudanças. Ampliou consideravelmente a população urbana, multiplicou o setor de serviços (comércio e alimentação).

                  Cresceu a oferta de emprego doméstico- criadas, cozinheiras e arrumadeiras- nas casas dos novos ricos.

                  Com o aumento da população das cidades, estas não estavam preparadas para receber tanta gente. Isso teve uma série de repercussões sociais. Os bairros pobres se multiplicavam, as ruas não tinham calçamento, o lixo ficava espalhado e o número de casas precárias aumentou. Epidemias como de cólera e tifo ficaram cada vez mais comuns.

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Revolução Industrial

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (HISTÓRIA ILUSTRADA)

Charlie Chaplin Tempos Modernos Legendado Portugues

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   Com a invenção de novas máquinas, que eram inacessíveis aos camponeses e pequenos artesãos a produção familiar foi, aos poucos sendo superada. As fábricas de fiação se multiplicavam, mantendo um ritmo ininterrupto. No trabalho familiar, eram as mulheres e as crianças os principais trabalhadores domésticos da fiação. Os negociantes mantiveram o emprego dessa força de trabalho em suas fábricas, cuja disciplina, como esperado, era muito mais rigorosa do que a existente no sistema de fiação doméstico.                

 Nos séculos XVIII e XIX, as formas de trabalho se transformaram radicalmente. Milhares de trabalhadores, principalmente mulheres e crianças concentravam-se em fábricas sob um regime de serviço intenso e rigoroso. Sem uma regulamentação específica, calcula-se que a jornada diária de trabalho era superior a 12 horas. Somente em 1847 apareceram regulamentações que limitavam a jornada a 10 horas. Em 1850, outra lei estipulou um horário para encerrar a atividade semanal: duas horas da tarde de sábado, com descanso no domingo- dia tradicionalmente reservado à religião.

A introdução das máquinas no processo produtivo aumentou o montante dos investimentos no setor têxtil, restringindo o número de empresários com dinheiro para montar fábricas.

A propriedade das máquinas concentrou-se na pessoa do industrial/ capitalista, que contratava os operários pagando salários pela jornada de trabalho.
Nas fábricas, os operários atuavam somente em uma etapa da produção- uma mudança radical na forma de realizar seu trabalho. Em outras palavras, o processo produtivo nas fábricas tendia a se fragmentar: estava em curso uma nova divisão do trabalho.
                  O sistema da fábrica impulsionou outras mudanças. Ampliou consideravelmente a população urbana, multiplicou o setor de serviços (comércio e alimentação).

                  Cresceu a oferta de emprego doméstico- criadas, cozinheiras e arrumadeiras- nas casas dos novos ricos.

                  Com o aumento da população das cidades, estas não estavam preparadas para receber tanta gente. Isso teve uma série de repercussões sociais. Os bairros pobres se multiplicavam, as ruas não tinham calçamento, o lixo ficava espalhado e o número de casas precárias aumentou. Epidemias como de cólera e tifo ficaram cada vez mais comuns.


  • O Liberalismo


Liberalismo foi uma doutrina de pensamento econômico, político e social, que surgiu na Europa, no século XVIII, contra o mercantilismo e a intervenção do Estado na economia.

Em oposição ao Mercantilismo e devido a Revolução Industrial, o Liberalismo Clássico solidifica-se, no século XIX, constituindo a ideologia predominante na sociedade ocidental. Com a rápida expansão do capitalismo, o Liberalismo assumiu formas distintas, valorizadas diferentemente segundo cada país.


  • Princípios do liberalismo


                   O liberalismo acreditava no avanço da humanidade através da livre concorrência das forças sociais e era contra as acusações dos religiosos ou estatais a respeito do comportamento do indivíduo, tanto nas questões ideológicas como nas questões materiais, por causa da desconfiança básica sobre todo o tipo de obrigação.


O liberalismo não tinha como objetivo defender apenas a liberdade individual, mas também dos povos. Chegou a colaborar com novos movimentos de libertação nacional que surgiram durante o século XIX, na Europa e em outros territórios ultramarinos, sobretudo na América Latina. 


A liberdade econômica, anunciada pelo liberalismo, cresceu com condições de desigualdades sociais. Logo depois houve uma grande reação por parte das doutrinas socialistas e comunistas, onde os movimentos se tornaram opositores do liberalismo com muito mais força que as correntes conservadoras e tradicionais.


O declínio do liberalismo se deu devido aos grandes problemas políticos e sociais que, depois da Primeira Guerra Mundial, surgiram na Europa Central tendo como consequência a entrada da Alemanha, Itália e outros países em crises profundas e prolongadas, contribuindo para o nascimento de sistemas totalitários como o fascismo, nacional-socialismo, falangismo e outros. 


Após a Segunda Guerra Mundial e frente a outros movimentos de tendência democrata cristã, o liberalismo renasceu, prometendo constituir de novo uma opção no campo político e econômico.



  • Liberalismo Econômico


O liberalismo econômico ganhou esse nome, pois tinha a ideologia de que o estado não deveria interferir nas relações econômicas que existiam entre indivíduos, classes ou nações. Esse tipo de liberalismo defendia o livre uso, da parte de cada indivíduo ou participante de uma sociedade, de sua propriedade, sendo partidário da livre-empresa, em oposição ao socialismo e ao dirigismo.

            

             

  • Industrialização na França


Os nobres foram tirados do poder pela burguesia que tinha interesse na industrialização da França para ganhar dinheiro.


Durante a Revolução Francesa de 1789 os nobres foram tirados do poder pela burguesia, que por serem donos do comércio investiram em industrialização que foi impulsionado pelo governo de Napoleão Bonaparte.


Napoleão Bonaparte queria a França como potência mundial.



Napoleão durante a revolução decretou o Bloqueio Continental de 1806 (que durou 1 ano) e foi o fechamento de todos os portos da Europa aos ingleses. Isso gerou uma guerra da França e dos ingleses (que se uniram a Portugal). Esse evento ficou conhecido como Guerra Peninsular.

                  

Houve ainda um conflito da França e da Alemanha pelo controle das minas de carvão da Renânia que despontou várias guerras.


                   No início o carvão mineral era a principal fonte de energia para as indústrias têxteis e siderúrgicas.


                   O carvão concentrado retirado das bacias carboníferas da Lorena e da região de Pas-de-Calãs em Paris, acelerou o desenvolvimento de transportes e a concentração de atividade industrial aumentou. Isso fez com que pessoas se dirigissem a essa concentração em busca de trabalho, gerando Centros Urbanos na França.


                  A França passou de um país de economia agrícola para um país industrializado capitalista.


                  Fontes usadas atualmente na França:


  • Petróleo

  • Gás Natural

  • Carvão

  • Energia Hidráulica

  • Energia Térmica

  • Energia Nuclear (mais usada atualmente).

                 

               A França:


                 Hoje é uma Grande Potência mundial e um dos países mais desenvolvidos do mundo. Com suas grandes multinacionais é a 6° maior potência e economia mundial.


                 Foi o Segundo país a industrializar-se.


                 É o país mais visitado no mundo, recebendo 82 milhões de turistas estrangeiros por ano.


                 O país tem o terceiro maior orçamento militar do mundo, a terceira maior força militar da Otan e o maior exército da União Europeia. A França é o menor emissor de dióxido de carbono entre os sete países mais industrializados do mundo, devido ao seu forte investimento em energia nuclear. a maior parte da eletricidade produzida no país é gerada por 59 usinas nucleares.





                   Usina Nuclear.


                  As empresas francesas mantiveram posições-chave na indústria de seguros e bancária: teve dois bancos classificados como o 1° e o 6° maiores bancos do mundo em 2010.


                 A rede ferroviária da França, é a mais extensa da Europa Ocidental.


                 Desde a Idade Média, a França tem sido um dos principais contribuintes para a produção científica.


                 A França é o país de origem de várias empresas multinacionais, dentre ela Renault, Citröen, Danone, Alcatel, Carrefour, Champion, Peugeot entre outros.


                  Napoleão alcançou seu objetivo: França como potência Mundial.


Industrialização na Alemanha

                  O processo de industrialização alemão foi rápido. Em fins do século XIX, a Alemanha já havia ultrapassado o Reino Unido e a França, e junto com os Estados Unidos, liderou os avanços para a Segunda Revolução Industrial.

                  Esse crescimento foi muito rápido, mas por quê? Porque com a unificação político-territorial em 1871, a Alemanha se tornou não só um único Estado, como também um único mercado. Ou seja, houve também uma unificação econômica. As possibilidades de se acumular capitais aumentou com a instituição de uma moeda única, com a constituição de um grande mercado interno e a padronização das leis. 

                  Devido à facilidade de transportes, e a disponibilidade de jazidas de carvão mineral, se concentrou indústrias quase na fronteira com os Países Baixos, aonde os rios Ruhr e Reno se encontram. Nessa região, que antes era rota de comércio ligando o norte da Itália a Flandres, os banqueiros concentraram capitais, e passaram a investir cada vez mais na indústria.

                 Aos poucos a população que residia no campo, foi migrando para as cidades e, formando a mão-de-obra necessária. Assim, com o trabalho assalariado aumentando, crescia paralelamente o mercado consumidor. Também se deve lembrar que a França, após perder a guerra de 1871, foi obrigada a pagar uma grande indenização à Alemanha, de acordo com o Tratado de Frankfurt, e ceder as províncias da Alsácia e da Lorena, ricos em carvão e minério de ferro. Isso significou mais recursos e novas fontes de energia e matérias-primas. Todos esses fatores juntos ajudaram na industrialização alemã.

                  A Alemanha se deparou com vários problemas para sustentar seu processo de industrialização. Com a derrota na Primeira Guerra Mundial, os vitoriosos impuseram várias sanções através do Tratado de Versalhes: pagar indenizações, restrições em termos militares e perdas territoriais, sendo que a Alemanha teve de devolver as províncias de Alsácia e Lorena.

             

                    Em consequência do Tratado Versalhes, a Alemanha caiu em uma crise econômica e social, que criou as condições necessárias para o Terceiro Reich, com Adolf Hitler no poder, em 1933. Com a influência nazista, o país procurou conquistar territórios que eram considerados vitais para a expansão econômica.

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Ludismo, Cartismo e Trades Unions

Ludismo

O Ludismo estourou em 1811, foi uma das primeiras revoltas dos operários que eram contra os avanços tecnológicos, que substituíam homens por máquinas, e o nome deriva de um dos líderes, Ned Ludd. Eram revoltas radicais, onde os trabalhadores invadiam as fábricas, e destruíam as máquinas, ficando conhecidos como “quebradores de máquinas”.

Existiam esquadrões ludistas, que andavam armados com martelos, pistolas, lanças, e durante a noite, andavam de um distrito ao outro, destruindo tudo que encontravam. Porém, muitos manifestantes foram condenados à prisão, à morte, à deportação e até à forca.

O Ludismo ocorreu durante alguns anos, mas aos poucos os manifestantes constataram que não eram contra as máquinas que deveriam reagir, e sim ao uso que os proprietários faziam delas, abusando da mão-de-obra dos operários.


Cartismo

De maneira mais organizada, em 1836 surgiu o Cartismo, constituído pela “Associação dos Operários” e liderado por Feargus O’Connor e William Lovett. Reivindicavam direitos políticos, como o sufrágio universal (direito de voto), o voto secreto, melhoria das condições e jornadas de trabalho. Redigiram a “Carta da Povo”, onde pediam um conjunto de reformas junto ao Parlamento.

Inicialmente, as exigências não foram aceitas pelo Parlamento, havendo grandes movimentos e revoltas por parte dos operários.

Depois de muitas tentativas e lutas, o Cartismo foi se dissolvendo até chegar ao fim. Porém, o espírito do movimento não se perdeu e ganhou maior presença política depois de um tempo, fazendo com que algumas leis trabalhistas fossem criadas.


Trade-Unions e Sindicatos

Os operários chegaram à conclusão de que a união era fundamental para se contrapor ao poder burguês, então criaram os “trade-unions”, associações formadas pelos operários, mas que possuíam uma evolução muito lenta nas reivindicações que faziam. Porém, evoluíram e formaram os sindicatos, que eram sistemas de organização que defendiam seus direitos, eram os focos de resistência à exploração capitalista. Mas diferente dos sindicatos de hoje, tinham muita dificuldade de atuação.

A burguesia via um grande perigo nessas associações e os sindicatos eram ameaçados pela violência. Portanto, as reuniões tinham que ser secretas, não havendo sedes sindicais. Mas aos poucos foram se organizando e realizando greves e protestos. E os proprietários levavam prejuízo, pois não tinha quem trabalhasse durante as manifestações.

Em 1824, diante de todo esse crescimento das lutas operárias, a Inglaterra acabou aprovando a primeira lei, que permitiu a organização sindical dos trabalhadores. Depois dessa conquista, o sindicalismo se fortaleceu ainda mais.

A partir desse momento, começaram a surgir organizações de federações que unificavam várias categorias dos trabalhadores e em 1830 foi fundada a primeira entidade geral dos operários ingleses. Chegou a ter cerca de 100 mil membros.

Em 1866, ocorreu o primeiro congresso internacional das organizações de trabalhadores de vários países, que representou um grande avanço na unidade dos assalariados, onde surge a fundação da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT).

Mas a burguesia sempre achava novos meios de interferir e reprimir os sindicatos. A história da legislação trabalhista dependeu de muitas lutas, os operários e sindicatos resistiram à muita pressão para que hoje, todos pudessem ter os direitos trabalhistas.

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O Movimento Operário

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O SURGIMENTO DO MOVIMENTO OPERÁRIO

O movimento operário assumiu um caráter internacional somente na segunda metade do século XIX. E esse fato se deveu à avançada industrialização capitalista na maioria dos países europeus, bem como nos Estados Unidos e no Japão. A situação de brutal exploração a que foram submetidos os trabalhadores industriais dos diversos países tornou possível o estabelecimento de identidade entre os operários e a unificação de suas lutas. Ademais, pela primeira vez, o movimento operário apresentava-se apoiado numa teoria revolucionária que apontava para a superação da opressão de classe e para a construção de uma sociedade de homens livres e iguais – sem explorados e sem exploradores.

O movimento operário nasceu e se desenvolveu com o capitalismo industrial e sob as condições mais degradantes que se possa imaginar: jornadas de trabalho excessivas, em locais úmidos, mal iluminados e sem ventilação, exploração do trabalho de mulheres e crianças em funções, muitas vezes, idênticas àquelas exercidas pelos homens, mas com salários ainda menores. Enfim, condições aviltantes à dignidade humana, no que se referia à habitação, saúde e alimentação, sem falar na educação que praticamente inexista. As péssimas condições de trabalho penalizavam principalmente as mulheres e crianças, segue abaixo um depoimento sobre a vida de uma operária na Inglaterra:


TEXTO COMPLEMENTAR

Depoimento de Betty Harris, 37 anos:

 Casei-me aos 23 anos, e foi somente depois de casada que eu desci à mina; não sei ler nem escrever. Trabalho para Andrew Knowles, da Little Boiton (Lancashire). Puxo pequenos vagões de carvão, trabalho das 6 da manhã ás 6 da tarde. Há uma pausa de cerca de uma hora, ao meio dia, para o almoço; dão-me pão e manteiga, mas nada para beber. Tenho dois filhos, porém eles são jovens demais para trabalhar. Eu puxava esses vagões quando estava grávida. Conheci uma mulher que voltou para casa, se lavou, se deitou, deu à luz e retomou o trabalho menos de uma semana depois.

Tenho uma correia em volta da cintura, uma corrente que passa por entre minhas pernas e ando sobre as mãos e os pés. O caminho é muito íngreme, e somos obrigados a segurar uma corda – e quando não há corda, nós nos agarramos a tudo o que podemos. Nos poços onde trabalho, há seis mulheres e meia dúzia de rapazes e garotas; é um trabalho muito duro para uma mulher. No local onde trabalho, a cova é muito úmida e a água sempre cobre os nossos sapatos. Um dia, a água chegou até minhas coxas. E o que cai do teto é horrível! Minhas roupas ficam molhadas durante quase o dia todo. Nunca fiquei doente em minha vida, a não ser na época dos partos.

 Estou muito cansada quando volto à noite para casa, às vezes adormeço antes de me lavar. Não sou mais tão forte como antes, não tenho mais a mesma resistência no trabalho. Puxei esses vagões até arrancar a pele; a correia e a corrente são ainda piores quando se espera uma criança.

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A criação dos sindicatos

Com o avanço da Revolução Industrial e o desenvolvimento do capitalismo, grandes massas são expulsas do campo e de seus antigos empregos, compondo uma nova classe social: o proletariado. Essa classe encontra condições de vida precárias nas novas cidades e não conta com nenhum tipo de proteção no âmbito do trabalho. As fábricas do século XIX eram um ambiente terrível para os trabalhadores, que cumpriam uma jornada, em média, de 14 a 16 horas diárias a troco de um salário miserável. As condições eram insalubres, havia muitos acidentes de trabalho e era comum o uso de mão de obra infantil (a partir do 6 anos de idade) e a aplicação de punições físicas aos trabalhadores considerados menos produtivos ou indisciplinados.

Os sindicatos foram duramente reprimidos e, até as últimas décadas do século XIX, as atividades sindicais eram proibidas na maioria dos países europeus. Com o passar do tempo, os sindicatos foram se institucionalizando, virando a principal ferramenta de negociação e diálogo entre patrões e empregados. Esse processo, em muitos casos, também caminhou para uma burocratização interna dos sindicatos, com a cooptação de seus líderes e, consequentemente um afastamento das bases. Algumas lideranças deixam de representar os interesses de suas categorias e usam o sindicato para proteger interesses próprios, do Estado, de partidos políticos e, por vezes, até mesmo de seus patrões.

Aqui no Brasil, a Constituição Imperial de 1824 aboliu as corporações de ofício, e houve, ao mesmo tempo à proclamação da liberdade de trabalho, fazendo com que o trabalhador tivesse o direito de associação, o que posteriormente resultaria na organização dos sindicatos.

Mesmo que na época do Império, o desenvolvimento industrial no Brasil não fosse grande a ponto de desenvolver-se um sindicalismo, já eram expressivas algumas organizações como a Liga Operária (1870) e a União Operária (1880) que tinham como principal finalidade reunir e defender os trabalhadores que as compunham.

Com a promulgação do Decreto n. 1637 em Janeiro de 1907, facultou-se a todas as classes de trabalhadores a formação de sindicatos, inclusive para profissionais liberais. A edição deste decreto estimulou a criação e surgimento de vários sindicatos, sob diversas designações, todas com frágil poder de pressão, isto porque, foram muitas as dificuldades enfrentadas pelos primeiros líderes do movimento sindical brasileiro, vez que, eram perseguidos tanto pelo governo quanto pela classe de empregadores. Exatamente os grandes empresários eram os mais irascíveis no combate à organização de qualquer forma de associação, penalizando àqueles que corajosamente insistiam pela constituição de associações ou sindicatos.

Em 1930, o Governo Federal criou o Ministério do Trabalho e em 1931 regulamentou, por decreto, a sindicalização das classes patronais e operárias. Criou as Juntas de Conciliação e Julgamento e, com a promulgação da Constituição do Estado Novo, a unicidade sindical.

A regulamentação do trabalho e os institutos de previdência social ocorreram também naquele momento histórico. As organizações sindicais passaram a ter caráter paraestatal, a greve foi proibida e foi instituído o imposto sindical. Em 1955, o movimento sindical brasileiro voltou a expandir-se, havendo sido formados, em 1961, o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) e o Pacto de Unidade e Ação (PUA).

Com o golpe militar de 1964, contudo, os sindicatos e sindicalistas foram duramente reprimidos, limitaram a Lei de Greve e substituíram a estabilidade no emprego pelo Fundo de Garantia, dentre outras medidas. Em 1968, em Osasco, São Paulo e Contagem, os trabalhadores se levantaram em greve de grande envergadura. Em 1970 surgiram novas lideranças sindicais e, a partir de 1980, os trabalhadores rurais das usinas de açúcar e álcool, no Nordeste e São Paulo, e das plantações de laranja do interior de São Paulo, juntaram-se aos desempregados, e sob a influência da Central Única dos Trabalhadores (CUT), de partidos de esquerda e de poucos parlamentares progressistas, organizaram-se em movimentos a exemplo do Movimento dos Sem Terra (MST).

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Situação atual dos sindicatos

Atualmente, o sindicalismo brasileiro passa por um momento de renovação por conta das novas demandas, como a empregabilidade, a globalização dos serviços e cada vez mais, a luta por condições dignas de trabalho.

Existe uma proposta de sindicalismo por Organização por Local de Trabalho (OLT) que objetiva resgatar o papel ativo dos trabalhadores na construção de uma militância que seja capaz de fazer uma leitura crítica da realidade, buscando transformá-la. Esta é uma forma contra hegemônica de atuação sindical pois propõe ir além das questões economistas.

Importante ressaltar que o sindicalismo atual divide-se em três distintas categorias:

Categoria Profissional: Constituída por trabalhadores formais, tem o seu enquadramento sindical vinculado diretamente ao ramo econômico a que a empresa pertence.

Categoria Econômica: esta vinculado ao ramo econômico, que por sua vez esta ligado a finalidade para que a empresa foi constituída.

Categoria Profissional Diferenciada: Formada basicamente por trabalhadores com funções especiais, como empregadas. Estes não estão vinculados ao ramo econômico da empresa.

Como se dá a criação de um sindicato:

Um sindicato nasce basicamente pela necessidade organizacional de uma determinada categoria, nasce assim com a intenção de defender interesses e direitos da mesma, e assim, consequentemente, angariar votos. Os membros, de uma mesma categoria, convocam todos os outros para que haja uma Assembléia Geral, faz isso através de diversos meios de comunicação. A convocação serve para que tratem de assuntos como:

  • Criação ou não do Sindicato.

  • Escolha dos membros da diretoria, efetivos e suplentes que devem ser no mínimo de 13 não tendo um limite Maximo conhecido.

  • Definição do Estatuto Global da Entidade

  • Duração do primeiro mandato.

  • E formas de manutenção da entidade.

Isto feito, e sendo aprovado todos itens, dentro da soberania da assembléia, registra-se tudo em ata, que se junta ao Estatuto, mais, documentos dos membros da diretoria e provas de divulgação da convocação. Todos estes documentos são registrados em cartório, e após é enviado para solicitação de registro junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, em Brasília. Este órgão de execução, arbitragem, fiscalização analisara o pedido de registro sindical. Se aprovado publicará o mesmo no Diário Oficial da União, com seu respectivo nº de processo, este ficará em aberto durante um mês, para que possíveis sindicatos se manifestem no intuito de impugnar. Passado este prazo, e aprovado pelo TEM, é publicado novamente no DOU, na área dos DEFERIDOS, já sendo um sindicato legalmente representante da categoria, com seu registro sindical constituído na forma da lei.

Estatuto social da entidade

A lei que rege a entidade sindical, esta posta no Estatuto Social da Entidade. Neste documento encontra-se a finalidade do sindicato, a forma de atuação, meios de sustentação, salários dos diretores, outorga de poderes, base territorial que a entidade representa, em fim todo o funcionamento, normas, condutas e penalizações. Pode ser alterado, precisando somente convocar assembléia para tal fim.

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Socialismo

COMO SURGIU O SOCIALISMO?

No final do século XVIII, a Europa passava por um processo que gerou mudanças em todas as esferas da sociedade: a Revolução Industrial. Essa revolução não só modificou a economia dos países europeus, mas também causou grandes transformações sociais. Com a modificação dos meios de produção e, por consequência, o surgimento do ambiente fabril, o sistema capitalista entrava em uma nova fase: ele deixava de ser o capitalismo comercial mantido desde o século XV para assumir a forma de um novo capitalismo industrial.

O socialismo é um sistema político e econômico que se baseia na igualdade. Ou seja, ele tem como objetivo dissolver as classes sociais, a fim de acabar com a desigualdade entre ricos e pobres. Para isso, sugere a extinção da propriedade privada, economia planificada, distribuição igualitária de renda, entre outras medidas.

No final do século XVIII, a Europa passava por um processo que gerou mudanças em todas as esferas da sociedade: a Revolução Industrial. Essa revolução não só modificou a economia dos países europeus, mas também causou grandes transformações sociais. Com a modificação dos meios de produção e, por consequência, o surgimento do ambiente fabril, o sistema capitalista entrava em uma nova fase: ele deixava de ser o capitalismo comercial mantido desde o século XV para assumir a forma de um novo capitalismo industrial.

Com a crescente expansão das indústrias, as cidades cresciam rapidamente, sem qualquer planejamento. Ao mesmo tempo, muitos trabalhadores migraram do meio rural para as cidades, onde a produção fabril empregava a maior parte da mão-de-obra.

Enquanto isso, a sociedade europeia se dividia entre dois grandes grupos: de um lado, um proletariado que nada possuía além da própria mão-de-obra; do outro, uma classe burguesa que detinha a maior parte da riqueza produzida. Essa segregação social se refletia na organização da cidade, com os trabalhadores pobres sendo deslocados para as margens da área urbana, onde predominava a miséria.

Esse novo proletariado fabril encontrava-se sob as mais duras condições de trabalho, onde não existia qualquer meio legal de proteção: os salários eram baixos e as jornadas diárias de trabalho chegavam a 16 horas, não possuíam direito a nenhum dia de descanso; não existia limite de idade, as crianças trabalhavam desde cedo e os idosos não tinham direito à aposentadoria; além disso, contavam com péssimas condições de segurança no ambiente de trabalho.

Neste contexto de pleno desenvolvimento do capitalismo, mas ao mesmo tempo de rápido aumento da miséria, alguns intelectuais passaram a buscar alternativas que pudessem melhorar esse cenário social. Foi em resposta a esses problemas que pensadores criaram a teoria socialista, como um caminho para organizar uma sociedade onde não houvesse desigualdades.

Os primeiros pensadores dessa corrente foram Saint-Simon, Charles Fourier e Robert Owen. Cada um à sua maneira, esses autores fizeram parte da primeira forma de apresentação da ideologia socialista, mais tarde denominada socialismo utópico. Posteriormente, surge o socialismo científico, tendo como teóricos mais notáveis os alemães Friedrich Engels e Karl Marx.

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ATUALIDADE

Convenções coletivas

Procurando agir conforme sua finalidade, o sindicato da categoria profissional busca através de negociações coletivas com o sindicato da categoria econômica, formar convenções coletivas, onde se convencionam clausulas que dizem respeito às mesmas. Uma convenção coletiva, não pode minimizar os direitos já adquiridos pelos trabalhadores, que estão previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), somente aumenta-los. As convenções têm em media vigência de um ano, são homologadas no MTE, e estende-se a toda categoria, ficando esta, obrigada ao seu fiel cumprimento, sujeito a penalização, quando da sua não execução.

As cláusulas mais importantes, são aquelas relacionadas ao Salário normativo ou Piso Salarial. A esta cláusula, é dado maior atenção por parte dos negociadores, pois reflete diretamente no trabalhador. Geralmente o aumento gradativo do salário normativo, ano a ano, não é inferior ao aumento em percentual do Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC), que por sua vês acompanha mais ou menos a inflação.

Acordos coletivos

Os Acordos Coletivos, diferente das Convenções, são firmados entre os sindicatos das categorias profissionais e uma empresa. Para que isso aconteça, é necessário que estejam na mesma categoria.

Dissídios coletivos

O Dissídio coletivo de trabalho acontece, quando se frustra uma negociação coletiva. Quando isto acontece, à parte que se sentir prejudicada, pode entrar na justiça do trabalho. O órgão responsável para julgar o processo é o TRT Tribunal Regional do Trabalho. O mesmo leva em consideração, a situação econômica atual do país, histórico das negociações das partes, índices e estatísticas. Feito o julgamento, o órgão fiscalizador acompanhará o cumprimento das decisões tomadas.

Perspectivas de um novo modelo

O sindicalismo hoje em dia não se prende ao passado, entendendo que precisa de novas posturas para resolver suas situações e problemas. Deve-se desmistificar a imagem do sindicalismo do passado, aquela vinculada a greves, protestos e badernas, não desmerecendo o que se foi feito, afinal graças a tais medidas que chegamos a atual situação. Porém, tem-se hoje um novo quadro de enfrentamento, sendo necessárias outras maneiras de se trabalhar e pensar. É preciso repensar os objetivos, porque vivemos em uma sociedade que necessita de renovação de ideais e princípios, não de novos sistemas administrativos governamentais.

Para que se pense na criação de um novo modelo sindical, é necessário que o cidadão conscientize-se do seu papel, perceba que precisa ser ativo, para que o sindicalismo tome outros rumos, devendo fazer tal coisa de forma objetiva e ponderada.

Com a situação econômica do pais atualmente, não se consegue pensar em maneiras extremistas, de forma que vemos todos os dias no mundo inteiro, que atitudes assim não levam a lugar algum, precisa-se de bom senso e conhecimento para que haja uma mudança significativa.

Como no mundo, o sindicalismo atual, deve ao invés de gritar, falar, de impor, negociar. O desfecho não pode, em nenhuma das circunstâncias, beneficiar somente uma das partes, a proposta deve ser boa para mim tanto quanto para você. Ao invés de se estabelecer uma hierarquia definida, porque não um grupo que trabalha em parceria, visando o bem comum.

A primeira vista, esta proposta parece beneficiar somente uma das partes, no caso a classe trabalhadora. Mas isto não acontece, porque hoje as experiências comprovam, que um trabalhador motivado vale por dois, este possui uma expectativa de vida, tem seus direitos assegurados, sente-se útil e valorizado.

diretamente ao ramo econômico a que a empresa pertence.

Categoria Econômica: esta vinculado ao ramo econômico, que por sua vez esta ligado a finalidade para que a empresa foi constituída.

Categoria Profissional Diferenciada: Formada basicamente por trabalhadores com funções especiais, como empregadas. Estes não estão vinculados ao ramo econômico da empresa.

Como se dá a criação de um sindicato:

Um sindicato nasce basicamente pela necessidade organizacional de uma determinada categoria, nasce assim com a intenção de defender interesses e direitos da mesma, e assim, consequentemente, angariar votos. Os membros, de uma mesma categoria, convocam todos os outros para que haja uma Assembléia Geral, faz isso através de diversos meios de comunicação. A convocação serve para que tratem de assuntos como:

Criação ou não do Sindicato.

Escolha dos membros da diretoria, efetivos e suplentes que devem ser no mínimo de 13 não tendo um limite Maximo conhecido.

Definição do Estatuto Global da Entidade

Duração do primeiro mandato.

E formas de manutenção da entidade.

Isto feito, e sendo aprovado todos itens, dentro da soberania da assembléia, registra-se tudo em ata, que se junta ao Estatuto, mais, documentos dos membros da diretoria e provas de divulgação da convocação. Todos estes documentos são registrados em cartório, e após é enviado para solicitação de registro junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, em Brasília. Este órgão de execução, arbitragem, fiscalização analisara o pedido de registro sindical. Se aprovado publicará o mesmo no Diário Oficial da União, com seu respectivo nº de processo, este ficará em aberto durante um mês, para que possíveis sindicatos se manifestem no intuito de impugnar. Passado este prazo, e aprovado pelo TEM, é publicado novamente no DOU, na área dos DEFERIDOS, já sendo um sindicato legalmente representante da categoria, com seu registro sindical constituído na forma da lei.

Estatuto social da entidade

A lei que rege a entidade sindical, esta posta no Estatuto Social da Entidade. Neste documento encontra-se a finalidade do sindicato, a forma de atuação, meios de sustentação, salários dos diretores, outorga de poderes, base territorial que a entidade representa, em fim todo o funcionamento, normas, condutas e penalizações. Pode ser alterado, precisando somente convocar assembléia para tal fim.

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